O que é que posso dizer…


Ele há coisas que eu não sei
Mas também sei que não sou só eu
Das coisas que eu mais amei
Algumas delas já estão no Céu

Gostaria de as ter aqui
Junto do meu coração
Porque há coisas que em mim senti
De tão belas, uma grande paixão

Mas que beleza elas têm
Que eu até sinto tremores
Os tremores não me convêm
Fico triste, ó meus amores

Meus amores, vós dai-me tempo
Para eu me preparar
Para a todo e qualquer momento
Vos aplicar o verbo amar

É esse verbo que eu quero
Em todas vós aplicar
Porque em vós eu sempre espero
Esse jeito que eu quero amar

Amo-vos de forma diferente
Neste amor platónico
Mas que para mim está presente
Nas tuas cores, não sou daltónico

Encarnas tudo a preceito
Quando eu te falo ao ouvido
Que eu até fico sem jeito
E também muito sentido

Sentido porque não sei
Se tu gostas do que eu digo
Mas em todo o caso se amei
Podes crer que foi contigo

Nessa amizade que sempre eternizo
Eu vivo contigo no pensamento
Quero ser o único amigo
E te dizer: amo-te a todo o momento

Eu sei que não queres acreditar
Naquilo que aqui te digo
Mas vem, tu vem-me amar
Meu amor, eu te bendigo

Armindo Loureiro – 18/01/2012 – 19H15

VERDADES
Não te deixes levar pelas incertezas, tenhas fé em teu potencial
Verás que as portas do mundo estão abertas para ti.
Não tenhas a dúvida como alimento, ela apenas te trará fadiga
Preenche-te de esperança, está sim poderá te trazer glória.
Não ocupes teu tempo esperando que a sorte venha a teu encontro
Canse-te a ir ao encontro de tuas vontades.
Não teime em querer ser o que não sois, isto distorce tua imagem
Sede tão somente o que és e estarás rodeado de teus verdadeiros admiradores.
Não queiras receber verdade, bondade e justiça se não as carregas em teu ser
Foge do ditado que diz “os opostos se atraem”.
Não acredites em tudo que se mostra diante de ti
Mas vivencia tudo de verdadeiro que carregas no peito.
Não pense que você é... Seja.

Henrique d’Almeida.


Quero Preciso 
sentir o calor

Da pele tão quente
E envolvente..
Quero a boca..
Carnuda e louca.
Provocando desejos
me cobrindo de beijos
AH..Beijo lascivo
Que faz eu perder o juizo
Querendo ficar junto a ti.
Ficas assim
Pertinho de mim.
Sorrio ao lembrar
O que vou provocar
Quando eu te encontrar!

Marilene Azevedo.


A saudade passeia-se diante de mim


Já faz algum tempo
Que a saudade se deita comigo
E não me deixa dormir.
Anda a espicaçar-me
E a desfilar diante dos meus olhos,
Que me pedem para não a ver.
Passeia-se diante mim e sem pressa,
Querendo a reaproximação.
Apodera-se de mim
De tal modo, que até, desinquieta o meu ser.
Roça-se todas as noites nos meus sonhos,
E veste-se de gala para me impressionar.
Não sabe a dor que provoca,
Ou não quer saber…
Não consigo a … esquecer.
Sem dar por isso,
A toda a hora penso nela,
Fico sem força desesperada
E a imaginar como seria…
E a dor volta a gritar comigo,
Desnorteada e sem ajuda,
Bate no fundo…outra vez,
Tão bem, sabe ela esse caminho…
Se o seu olhar não regasse,
Todos os dias o meu ego,
Talvez a raiz dos meus olhos,
Já tivesse apodrecido por tanto lacrimejar
E ela… morresse de vez.
Mas não,
A parva da saudade continua-me a hipnotizar!
Aqueles olhos entram-me na cabeça
E sussurram-me desejos,
Que há muito estão em banho-maria.
Mas uma coisa …a minha razão sabe!
Tem que resistir e não se entregar,
Tem que fazer a seu jogo
E com classe a ganhar,
Mostrar-se indiferente,
E deixar de ser vírgula ou reticências.
Fazer xeque-mate na hora certa
E colocar de vez um ponto final…na maldita saudade!
E passar há jogada seguinte …sendo agora ela a saudade… dele!

Telma Estêvão






Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...
Fernando Pessoa


Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.

William Shakespeare


É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

Pablo Neruda


No pequeno museu sentimental
os fios de cabelo religados
por laços mínimos de fita
são tudo que dos montes hoje resta,
visitados por mim, montes de Vênus.

Apalpo, acaricio a flora negra,
a negra continua, nesse branco
total do tempo extinto
em que eu, pastor felante, apascentava
caracóis perfumados, anéis negros,
cobrinhas passionais, junto do espelho
que com elas rimava, num clarão.

Os movimentos vivos no pretérito
enroscam-se nos fios que me falam
de perdidos arquejos renascentes
em beijos que da boca deslizavam
para o abismo de flores e resinas.

Vou beijando a memória desses beijos.
Carlos Drummond de Andrade


 

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